
O Jornal das 6, da 96 FM Natal, expôs as várias contradições no caso da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que faleceu ao cair de um vulcão na Indonésia. A maior polêmica diz respeito ao momento da morte dela.
Isso porque na mais recente autópsia, a brasileira teria falecido na quarta-feira (25), entre 1h e 13h, horário da Indonésia. Esse é o mesmo dia em que o corpo foi retirado do local.
O problema é que, segundo o post da família de Juliana Marins, a brasileira morreu na noite de terça-feira (24), horário também da Indonésia. Isso significa que, quando a brasileira foi dada como morta, ela ainda estaria viva.
A estimativa do horário da morte de Juliana entra em contradição com a versão apresentada por Basarnas, agência indonésia responsável pelos resgates, que havia informado que a publicitária brasileira foi encontrada na noite de terça-feira, 24 de junho, já sem vida.
“De facto, há uma discrepância em relação à declaração da Basarnas. A diferença é de cerca de seis horas, de acordo com os cálculos do médico”, explicou a legista Ida Bagus Alit em entrevista à BBC News Indonésia.
O médico informou ainda que a causa do falecimento foi um trauma contundente, que causou danos internos e hemorragias.
Juliana escorregou e caiu no sábado, 21 de junho, enquanto escalava o Monte Rinjani, a segunda chuva mais alto da Indonésia . Com base nos cálculos do legista, Juliana teria sobrevivido ao menos quatro dias após a queda inicial.
Dificuldades para definir a hora da morte
Segundo a revista Exame, o legista ressaltou que é complicado precisar o momento exato da morte do brasileiro em razão de vários fatores, como o tempo que o corpo levou para ser transportado – um processo que durou várias horas –, e condições ambientais como a temperatura e a umidade.
"Encontramos perdas e escoriações, assim como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos aos órgãos internos e sangramentos", detalhou a legista Ida Bagus Alit na declaração à imprensa nesta sexta-feira.
“A vítima sofreu lesões graves, com fraturas em várias partes do corpo. A principal causa da morte foram os ferimentos na caixa torácica e nas costas”, completou o médico.
Alit também destacou que não há intenção de sugerir que a morte tenha ocorrido muito tempo após os ferimentos. “Por exemplo, havia um ferimento na cabeça, mas sem sinais de hérnia cerebral. A hérnia cerebral geralmente aparece de várias horas a dias após o trauma.
Com base nos resultados da autópsia , o legista estimou que a morte de Juliana ocorreu cerca de 20 minutos após os ferimentos, o que coloca o trauma fatal entre terça e quarta-feira.
Blog Gustavo Negreiros