
Apesar de extremamente atraentes e palatáveis, os alimentos ultraprocessados geram preocupações devido aos impactos negativos para a saúde. De acordo com estudo publicado no American Journal of Preventive Medicine, refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo, salsicha, nuggets e outras comidas congeladas prontas estão associados a um maior risco de morte precoce.
Entenda
O estudo corresponde a uma meta-análise que verificou a quantidade de alimentos processados consumida em oito países — Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia e México —, e as taxas de mortalidade entre pessoas de 30 a 69 anos.
No total da pesquisa, foram considerados 239.982 participantes e 14.779 mortes.
De acordo com os resultados da análise, para cada aumento de 10% no uso de ultraprocessados, a taxa de morte prematura aumentou 2,7% por todas as causas.
Apesar de serem necessários mais estudos para definir exatamente os efeitos desses alimentos no organismo, os pesquisadores defendem que os resultados comprovam que os ultraprocessados ”contribuem significativamente para a carga geral de doenças em muitos países”.
Malefícios dos alimentos ultraprocessados para a saúde
De acordo com a nutricionista Letícia Gasparetto, os ultraprocessados são produtos feitos pela indústria com muitos ingredientes artificiais, como corantes, conservantes, aromatizantes e adoçantes. “São fórmulas prontas que quase não têm alimentos ‘de verdade’”, alerta.
A profissional afirma que produtos feitos pela indústria com muitos ingredientes artificiais se encaixam nessa lista de “comidas perigosas”. Entre eles, comidas prontas e industrializadas, cereais matinais açucarados, achocolatados em pó, barrinhas de cereais industrializadas, sorvetes, sopas de pacotinho, molhos prontos e bebidas lácteas adoçadas.
Cheios de açúcar, sal, gorduras ruins e aditivos químicos, esses produtos alimentícios também são extremamente gostosos e palatáveis, o que acarreta em um consumo ainda mais desenfreado dessas substâncias.
“Isso pode causar inflamações no corpo, aumentar o risco de doenças como obesidade, diabetes tipo 2, pressão alta, problemas no coração e depressão”, destaca a nutricionista Letícia Gasparetto.
Por conta desses efeitos, a especialista em dietas afirma que os ultraprocessados contribuem para um maior risco de morrer mais cedo. “Doenças que eles favorecem – como infarto, AVC e câncer – são graves e podem encurtar a vida.”
Como reduzir esses alimentos na dieta
Para reduzir o consumo de ultraprocessados na rotina alimentar, a nutricionista indica priorizar alimentos naturais, como frutas, legumes, ovos, arroz, feijão e carnes frescas. Se possível, também é recomendado preparar as refeições em casa, inclusive lanchinhos para comer na rua.
Além disso, na hora de fazer as compras, Letícia Gasparetto alerta para a leitura de rótulos. “Se a lista de ingredientes for grande e cheia de nomes difíceis, desconfie”, ressalta.
Entre a lista dos alimentos mais prejudiciais para o organismo, os refrigerantes recebem um grande destaque. Para fugir dessas bebidas, a profissional da área da saúde indica substituí-los por água com limão ou chá natural.
Fonte: Metrópoles