Sete integrantes de facção que ordenou ataques criminosos no RN viram réus na Justiça

24 de Abril 2023 - 08h36
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Sete presos em uma operação de combate aos ataques criminosos que aconteceram em março, no Rio Grande do Norte viraram réus na Justiça. O Ministério Público do Rio Grande do Norte denunciou os investigados por promoverem e integrarem a organização criminosa Sindicato do Crime do RN.

O grupo está entre os presos na operação Sentinela, deflagrada por forças de segurança estaduais e federais no dia 22 de março.

A ação tinha objetivo de combater a atuação da facção que promoveu mais de 300 atos criminosos em todo o estado. Prédios públicos, veículos e comércios foram atacados com tiros e incêndios provocados.

Dos sete réus, quatro são mulheres. Todos já vinham sendo investigados desde 2020, segundo o MP.

"Todas as denúncias são referentes ao crime de integrar, promover e constituir organização criminosa", informou o MP.

A operação Sentinela cumpriu 13 mandados de prisão e outros 26, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Canguaretama, Bom Jesus, Santo Antônio, Caiçara do Norte, Acari e Macau.

Dois homens foram presos em flagrante na ação. Houve apreensão de armas, drogas, aparelhos de telefonia celular, documentos e dinheiro vivo. Cinco mandados de prisão não foram cumpridos porque os alvos não foram localizados, totalizando 18 prisões decretadas na operação Sentinela.

Além das denúncias, o MPRN também conseguiu a prorrogação de cinco prisões temporárias por mais 30 dias e, ainda, a conversão de outras cinco prisões temporárias em preventivas.

Segundo o MP, a maioria dos presos na operação Sentinela já tem condenação por envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas, roubos e homicídios, sendo que alguns deles cumpriam pena em regime semiaberto, com uso de tornozeleiras eletrônicas.

"Já foi apurado que alguns dos presos na operação violaram o sistema de monitoramento eletrônico, coincidentemente antes e durante ataques registrados em março de 2023", informou o MP.

Para os investigadores, não existem dúvidas sobre o "poder de mobilização das centenas de membros da organização criminosa".

Com informações do G1 RN