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A seleção brasileira entra na reta final da preparação para a Copa do Mundo de 2026 enfrentando seu pior índice de confiança desde 1994. Segundo pesquisa do Datafolha, apenas 33% dos brasileiros acreditam na conquista do hexacampeonato — a menor taxa registrada desde o início da série histórica.
O levantamento foi realizado nos dias 10 e 11 de junho, com 2.004 entrevistados em 136 cidades. Um terço dos participantes não soube opinar sobre o favorito ao título, enquanto os demais dividiram suas apostas entre seleções como Argentina (9%), Espanha (8%) e França (6%). A margem de erro é de dois pontos percentuais.
O ceticismo atual é ainda maior do que o registrado em 2018, após o trauma do 7 a 1. Naquele ano, 48% apostavam no Brasil. Em 2022, a confiança era ainda maior: 54%.
Agora, sob o comando de Carlo Ancelotti e com uma campanha irregular nas Eliminatórias, a seleção vive seu momento mais crítico de apoio popular. A confiança é maior entre jovens de 16 a 24 anos (39%) e menor entre os com 60 anos ou mais (28%). Entre as mulheres, 43% não souberam responder; entre os homens, esse índice é de 23%.
A divisão política do país também se reflete na torcida. Entre eleitores de Lula (PT), 42% acreditam no título. Entre os de Bolsonaro (PL), 29%. Já entre quem pretende votar nulo ou em branco, só 26% consideram o Brasil favorito.
O retrospecto recente pesa: desde o penta em 2002, o Brasil caiu quatro vezes nas quartas de final e sofreu a goleada histórica para a Alemanha em 2014. A estreia na Copa de 2026 será em junho, com jogos nos EUA, Canadá e México. Até lá, Ancelotti terá a missão de não só montar um time competitivo, mas também recuperar a confiança da torcida.
