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O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a contar, desde o fim do mês passado, com seis pastas balísticas para protegê-lo de eventuais ataques por disparos de armas de fogo. O equipamento pôde ser visto neste domingo (25) durante um comício feito por Lula no Rio. O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, cuja segurança física é responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), já usa o equipamento rotineiramente.
A pasta balística tem a aparência de uma maleta de viagem e é carregada por agentes que fazem a segurança do candidato. Quando aberto, o equipamento se transforma em um escudo protetor contra projéteis.
"É uma pasta que se abre como se fosse um escudo, uma manta", explica o diretor da Associação Nacional de Peritos Criminais Federais, Willy Hauffe.
A abertura da pasta pode ocorrer quando a equipe que faz a segurança do candidato detecta uma ameaça no entorno — por exemplo, se forem ouvidos tiros ou barulhos de tumulto na multidão que cerca a pessoa que se pretende proteger.
A Polícia Federal é a responsável pela segurança dos candidatos à Presidência. Esses agentes são treinados para abrir a pasta balística rapidamente, em caso de ameaça.
Há diferenças entre um modelo e outro em relação ao tamanho e número de dobras. Ao serem abertas, as pastas balísticas formam um escudo com comprimento entre 1,70 m e 1,80, segundo Hauffe — o suficiente para cobrir uma pessoa adulta.
O equipamento pode ser útil, por exemplo, para conduzir o candidato até uma área segura ou ao próprio veículo quando a equipe detecta um tumulto ou um risco em potencial.
Também há variações em relação ao nível de proteção: a maioria das pastas do tipo são fabricadas em tecido aramida (Kevlar®) e são projetadas para resistir, em especial, a disparos de armas curtas, como pistolas e revólveres.
Nesses casos, a energia é dissipada e o projétil é contido na malha do tecido do equipamento.
Existem outros modelos e diferente tipos, com maior ou menor proteção: podem barrar tiros de fuzil, por exemplo, mas são menos comuns e apenas grupamentos policiais especializados, além de Forças Armadas, contam com esse patamar de proteção, segundo Hauffe.
O diretor da Associação Nacional de Peritos Criminais Federais explica, ainda, que as pastas balísticas são apenas um dos equipamentos de segurança dentro de um rol de estratégias.
Além da pasta, a orientação é para que personalidades visadas usem colete à prova de balas — há modelos "velados", que podem ser usados sob a roupa e passam despercebidos.
Com informações de UOL
