Robinho aconselha amigo: "Volta pro Brasil, pelo menos tu não fica em cana"

11 de Dezembro 2020 - 03h40
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Em mais uma conversa telefônica gravada com autorização judicial, o atacante Robinho usa termos depreciativos e ri ao relatar os acontecimentos que o levaram a ser condenado, em segunda instância, por estupro coletivo contra uma mulher de 23 anos em Milão, em 2013. Ele também diz ter aconselhado o amigo Ricardo Falco, outro condenado, a voltar para o Brasil para evitar uma eventual prisão em solo italiano.

"Se os caras mandarem eu ir lá depor vai ser foda, vou falar o que pra minha nega? [...] Vou lá depor pra quê? Oito cara rangaram a mina [...]. Ó que fase que eu tô", disse Robinho por telefone a um amigo, em transcrição anexada ao processo em 18 de novembro e obtida pelo UOL Esporte.

Mais tarde, ao relatar uma conversa com Ricardo Falco, que estava sendo convocado a depor à polícia, Robinho diz: "Cara, você quer um conselho? Não vai nem lá, volta pro Brasil, pelo menos tu não fica em cana." (Risos).

A pena de nove anos de prisão foi confirmada ontem (10) pelo Tribunal de Apelação de Milão. A defesa do jogador, que se diz inocente, afirmou que vai recorrer à terceira instância. Tanto Robinho quanto o amigo têm direito de aguardar seus recursos em liberdade. Outros quatro amigos, que teriam participado do crime, não foram processados, porque durante o inquérito já estavam no Brasil, longe da jurisprudência italiana.

Robinho jogou no Milan de 2010 a 2015. Em 2013, em uma boate da cidade, ele e um grupo de amigos mantiveram relações sexuais com uma mulher de 23 anos, que mais tarde iria à polícia denunciar que havia sido estuprada pelo grupo.

Com informações de UOL