
As recentes manifestações de pessoas que estariam impedidas de trabalhar na Redinha foram alvo de críticas por parte do secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita. De acordo com o titular da Semurb, as manifestações dos comerciantes têm cunho político e são fomentadas por políticos de oposição à atual gestão da Prefeitura do Natal. Segundo o secretário, as indenizações para a obra de revitalização e organização na Redinha já foram acordadas e pagas através de reuniões com a participação da Justiça.
Segundo o secretário, em acordo com a Justiça Federal e Ministério Público Federal, a Prefeitura indenizou os trabalhadores dos quiosques com valores entre R$ 50 mil e R$ 25 mil, dependendo da atividade e se eles pretendiam retornar ou não às atividades após a finalização da obra. Porém, outros comerciantes realizaram manifestações por supostamente estarem impedidos de trabalhar no local.
“A gente vê que quem está por trás são alguns parlamentares do PT que ligaram para mim, ligaram para o prefeito, que estão participando desses movimentos lá. Eu não sei até onde é o envolvimento dessas pessoas, mas estão pressionando para que a gente permita, faça um acordo lateral para que eles possam ocupar essa área, mas não podemos retroceder”, disse Thiago Mesquita.
Nas redes sociais, os dois parlamentares que fazem frente às reivindicações dos comerciantes da Redinha são a deputada federal Natália Bonavides (PT) e o vereador Daniel Valença (PT). O vereador relatou que a obra do complexo não acontece em acordo com os trabalhadores do local e cobra a permissão para que os trabalhadores atuem na orla.
“Infelizmente, total insensibilidade frente a essa questão social. É a Prefeitura quem decide se a orla pode ser ocupada ou não e por quem. E assim o é em Ponta Negra, na Praia do Meio ou na Redinha. A decisão da Prefeitura de proibir e multar quem trabalhe na Orla da Redinha é o mais sério ataque que a comunidade da Redinha já sofreu até hoje”, publicou o vereador em seu perfil no Instagram.
O secretário comentou também que ficou surpreso com as novas manifestações. “A gente ficou sem entender o que estava acontecendo. Fomos atrás para entender e aí eram funcionários dos quiosques e outras pessoas que apareceram do nada. Fomos surpreendidos com esse número grande, muito grande de pessoas reivindicando a mesma coisa”, completou Mesquita. Ele afirmou que o acordo já foi feito e “não tem mais para ninguém”.
Ainda segundo o secretário, foram derrubados 20 quiosques para requalificação da orla. Dez deles receberam um valor de R$ 50 mil cada como indenização, pois aceitaram sair do local sem o possível retorno das atividades ao fim da obra. Já os outros 10 receberam R$ 25 mil, pois a Prefeitura iria realocá-los ao final dos trabalhos, seja no complexo ou em outro local da cidade. Estes eram autorizados pela Secretaria de Serviços Urbanos (Semsur) para realizarem o trabalho na Redinha.
“É uma área pública. O município pagava água, pagava energia. Não havia qualquer custo para estas pessoas”, disse. Novas ocupações na Redinha não podem acontecer porque, de acordo com Mesquitam, há uma questão de segurança e porque é ilegal. “Você não pode ocupar área pública na Redinha e em nenhum lugar de Natal que você não esteja autorizado pelo Município”, finalizou.
Além dos quiosqueiros, a Prefeitura do Natal também teve acordo com os permissionários do antigo mercado. Ao todo, são 33 trabalhadores que estão recebendo auxílio de um salário mínimo até que o novo mercado fique pronto e eles possam retomar as atividades.
Com informações da Tribuna do Norte