Presidente do Republicanos envia duro recado ao governo Lula: 'Governo deve se preocupar em gerar empregos e não em regular redes sociais'

27 de Maio 2025 - 18h13
Créditos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O presidente nacional do Republicanos e deputado federal, Marcos Pereira, lançou um recado contundente ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira, 27 de maio de 2025, ao criticar a priorização da regulação das redes sociais. Em declaração firme, Pereira afirmou que o tema "não é pauta de governo" e que o foco deveria estar em questões como geração de empregos, melhoria do ambiente de negócios, controle da inflação e redução de juros. A posição do Republicanos, expressa pelo deputado, sinaliza uma resistência clara à agenda do governo e da Advocacia-Geral da União (AGU), que têm defendido a regulamentação das plataformas digitais.

A fala de Pereira ocorre em meio a tensões no Congresso Nacional, onde o governo Lula tenta avançar com um projeto de lei sobre regulação das redes sociais, elaborado por ministérios como Justiça e Casa Civil. O texto, que busca maior controle sobre conteúdos considerados desinformativos, enfrenta forte oposição de parlamentares que veem a iniciativa como uma ameaça à liberdade de expressão. Pereira reforçou que o Republicanos, que possui dois ministros no governo Lula — André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) —, votará contra a proposta caso o governo insista em priorizá-la, indicando um possível atrito com a base aliada.

O posicionamento do Republicanos ecoa críticas de outros líderes parlamentares, que defendem que o debate sobre redes sociais deve ser conduzido pelo Legislativo, não pelo Executivo ou Judiciário. A resistência à regulação ganhou força após declarações de Lula e da primeira-dama, Janja, que defenderam maior controle sobre plataformas digitais. Para Pereira, as verdadeiras prioridades do governo deveriam ser econômicas, como o fortalecimento do mercado de trabalho e a estabilidade financeira, deixando a regulação de redes em segundo plano para evitar polêmicas e garantir foco em resultados concretos para a população.

Diário do Brasil