
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (13) “não ser maldade do governo” a decisão de aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Alckmin justificou a medida pelo fato do país não poder ter um déficit primário, o que, segundo ele, atrapalharia a redução da taxa de juros.
A noticia é do portal R7. “Para reduzir juros precisa ter equilíbrio fiscal. Então, não é maldade do governo. O governo não pode ter déficit, é uma responsabilidade fiscal. A maneira de fazê-lo eu entendo que deve ser pela receita e pela despesa, cortar despesa por um lado, melhorar receita do outro. A proposta do IOF já foi substituída, tem uma Medida provisória que foi lançada”, disse.
A medida sobre o aumento do IOF sofreu alterações após críticas e pressão do Congresso e, principalmente, dos representantes do setor bancário. Na quarta-feira (11), o governo federal publicou uma medida provisória que estabelece mudanças em alguns impostos, incluindo alternativas ao aumento do IOF.
No documento, está previsto um imposto maior sobre apostas esportivas, cria tarifas sobre títulos de investimento em renda fixa que hoje são isentos de Imposto de Renda, como LCI e LCA, e muda as taxas sobre rendimentos de investimentos em diferentes aplicações financeiras.
Ainda de acordo com o vice-presidente, as alternativas sugeridas foram “boas”, em sua parte devido ao imposto das bets. De acordo com ele, não deve haver um estímulo ao jogo.
“Essa é a discussão que vai ocorrer agora no Congresso. Primeiro pressuposto, não ter déficit: criar uma maneira de zerar esse déficit, entendo que deve ser de um lado pela receita e pela despesa. A proposta do IOF já foi substituída pela medida provisória” completou.