Moradores criticam demora para início do funcionamento de trens urbanos

18 de julho 2023 - 12h07
Créditos:

A falta de informações sobre os prazos de operação das três estações de trem que compõem a Linha Roxa – que vai ligar a Região Metropolitana de Natal aos municípios de São Gonçalo do Amarante e Extremoz – tem gerado reclamações por parte da população que enfrenta dificuldades  para se deslocar na área. As estruturas estão bem preservadas, mas sem indícios de quando poderão entrar em funcionamento. A chegada do trem à região irá representar um alívio para moradores e trabalhadores que precisam de maior rapidez, comodidade e economia na hora de transitar pela área.

A CBTU informou que a empresa responsável fez a entrega provisória  da obra e a equipe analisa se todos os pontos do contrato foram cumpridos. A Companhia não deu prazos para finalizar a análise e nem especificou se a entrega incluiu a linha férrea e as estações.

As obras das estações compõem o projeto de expansão da malha férrea no Rio Grande do Norte. O investimento é de R$ 100 milhões, recursos da União que incluem também a Linha Branca. 

A construção da Linha Roxa teve início em setembro de 2021. Com aporte de R$ 18,7 milhões do Governo Federal, o empreendimento contempla a instalação de 4,1 quilômetros de trilhos e a construção das três estações. A previsão é que 2 mil pessoas sejam atendidas diariamente pelo ramal. A previsão de conclusão, conforme divulgado pela CBTU em 2022, era para fevereiro deste ano.

Já a Linha Branca inclui a construção das estações do Bonfim, São José de Mipibu e Nísia Floresta, que fazem parte dos trechos II e III, ao sul da Região Metropolitana. As duas etapas contam com R$ 51,6 milhões em investimentos federais e terão com 20 novos quilômetros de via. A estação Nísia Floresta, no entanto, segue sem prazo para operar. As outras duas já estão com o serviço em funcionamento.

Apesar do fim das obras – e da estrutura estar pronta para uso – a Companhia Brasileira de Trens Urbanos alega que a empresa responsável entregou as estações com problemas de segurança e na catraca. A empresa responsável não comenta o caso. Já o prefeito da cidade de Nísia Floresta, Daniel Marinho (PL), acusa a CBTU de atrasar o funcionamento da estação por “motivações políticas”. Para além dos motivos para o atraso, a população da cidade reclama da demora e torce pela rápida resolução do caso. 

Para o prefeito de Nísia Floresta, Daniel Marinho (PSDB), o atraso no início das operações do VLT tem motivação política. Isso porque, na opinião do gestor, a ideia é atrelar a obra ao governo atual. A construção da estação de Nísa integra um projeto encabeçado pelo ex-ministro do Desenvolvimento Regional, o senador Rogério Marinho (PL), que contempla a expansão do serviço no RN. O projeto está dividido em etapas, com investimento de R$ 100 milhões. A CBTU não comentou a declaração do prefeito.

Com informações de Tribuna do Norte