Investimento em inovação é decisivo para minimizar efeitos da covid-19, diz CNI

31 de Maio 2020 - 05h14
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Os investimentos em inovação são decisivos para minimizar os impactos econômicos e sociais da pandemia de covid-19, afirmou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, nesta sexta-feira (29), em reunião virtual da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), grupo que reúne mais de 300 líderes de empresas com atuação no Brasil. “Está claro que a superação dos desafios a serem enfrentados daqui para frente dependerá de uma estratégia clara e do aumento dos investimentos em ciência, tecnologia e inovação. A resposta que daremos neste momento determinará nosso futuro”, afirmou.

 

No encontro remoto, que contou com a participação de integrantes da Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação do Congresso Nacional, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) destacou a importância de aprovação de projeto de lei que transforma o Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT) em fundo financeiro, assim como veda o contingenciamento de recursos para ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

Outro projeto de lei destacado pelo senador foi o que altera a Lei do bem e que, se aprovado, permitirá o uso do benefício pelas empresas em anos subsequentes, ou seja, mesmo quando houver prejuízo fiscal. “Essas propostas têm o objetivo de colocar a inovação cada vez mais como agenda estratégica de país. Em tempos de pandemia, essa necessidade urge”, defendeu o senador, que é presidente da frente parlamentar.

 

Presente à reunião da MEI, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, também reforçou a importância do descontingenciamento do FNDCT para fortalecer a capacidade inovadora do Brasil. “Fica clara a importância de se ter um fundo nacional de desenvolvimento científico e tecnológico que seja utilizado para seu devido fim. A liberação do FNDCT é algo que buscamos. É uma batalha que vamos ter de vencer juntos. Tendo foco e prioridades e um sistema para organizar, conectar o país, e tendo esses recursos, a gente pode mudar este país”, afirmou.

 

O vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), destacou que a pandemia “abriu os olhos” da sociedade para a importância da inovação e argumentou que uma reforma administrativa poderá tornar a gestão pública mais eficiente, permitindo ao Estado investir mais na área. “Temos uma das maiores economias do mundo, mas em termos de inovação ainda estamos muito atrás e temos um potencial enorme, porque temos um capital humano excelente”, avaliou. “O que infelizmente nós não temos é a vontade política que permita uma verdadeira revolução na ciência e tecnologia e que se faça uma reforma administrativa para que o Estado não atrapalhe, que possa colaborar, estimular a produção científica e as empresas tenham condições de inovar bem em um ambiente de segurança”, complementou.