Informação sobre parada respiratória provocada em cachorro foi ‘inapropriada e descontextualizada’, diz veterinário

30 de Abril 2025 - 13h22
Créditos: Reprodução

O médico-veterinário Saul Dias Cortez, que foi filmado afirmando ter provocado uma parada respiratória em um cachorro durante uma aula afirmou que a “verbalização de parada respiratória” foi “inapropriada” e descontextualizada”.

“Jamais poderia provocar quaisquer maus-tratos a um animal, seja em razão da minha profissão, seja em função da afetividade à causa animal, objeto de toda a minha formação existencial”, disse.

As declarações estão em uma nota enviada pelo profissional à Inter TV Costa Branca. No texto, no entanto, o médico-veterinário não informou qual foi o procedimento realizado com o animal.

O caso aconteceu na última sexta-feira (25), durante um minicurso voltado para alunos de medicina veterinária da Universidade Potiguar (UNP). O profissional ainda declarou que a instituição tinha conhecimento de tudo o que seria realizado na aula.

“Todo conteúdo e práticas realizadas no curso foi discutido com a universidade promotora, e que deu ciência e autorização para que o mesmo fosse realizado”, pontuou.

A universidade informou que o profissional foi convidado para ministrar uma aula e não faz parte do quadro de professores da instituição. Em nota, a UNP disse que “foi realizada uma avaliação do ocorrido por quatro médicos veterinários da UnP, que confirmaram que não houve qualquer prática de indução à parada cardiorrespiratória do animal”.

Após a gravação do vídeo com a declaração de que uma parada respiratória tinha sido provocada no animal, as imagens passaram a circular nas redes sociais e foram criticadas por personalidades e instituições ligadas à defesa animal.

“O que foi que aconteceu? Na verdade, eu apliquei a medicação de uma forma a fazer…. eu provoquei uma parada respiratória nele só pra poder mostrar isso aqui para vocês”, diz Saul no vídeo.

Com a repercussão do caso, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Norte (CRMV-RN) iniciou uma apuração sobre o caso. Apesar de negar que tenha feito o procedimento, o profissional não explicou por que disse, no vídeo, que provocou a parada respiratória.

Veja a nota completa:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em razão dos injustos e desproporcionais ataques sofridos por meio do “tribunal das redes sociais” quanto minicurso ministrado na UNP-Mossoró, para profissionais médicos veterinários e alunos do curso de Medicina Veterinária, venho a público, por necessidade de reposição da verdade, esclarecer o seguinte:

Sou detentor de várias pós-graduações em Medicina Veterinária, com conhecimento técnico mais do que suficiente para ministração do procedimento realizado;

Jamais poderia provocar quaisquer maus-tratos a um animal, seja em razão da minha profissão, seja em função da afetividade à causa animal, objeto de toda a minha formação existencial;

Esclareço que o pet que fazia parte da didática é do meu convívio e estima e não existiria a menor possibilidade de provocar nenhum dano a sua saúde, sendo um informe inapropriado e descontextualizado a verbalização de “parada respiratória “. Antes mesmo do fim do curso, o animalzinho já estava acordado, bem e brincando com os alunos nas dependências da faculdade.

Esclareço, que fui convidado pela Universidade Potiguar para realizar um mini curso prático, e todo conteúdo e práticas realizadas no curso foi discutido com a universidade promotora, e que deu ciência e autorização para que o mesmo fosse realizado.

G1 RN

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