"É como se Deus estivesse me pedindo a conta", diz Pelé sobre saúde

15 de Novembro 2019 - 04h26
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Considerado o maior jogador da história do futebol, Pelé concedeu entrevista ao jornal italiano "Gazzetta dello Sport" e a agência EFE e abordou diversas questões sobre sua carreira, os talentos brasileiros, casos de racismo e sobre seu estado de saúde. O ex-jogador destacou que está bem de saúde e celebrou por ter conseguido manter uma carreira livre de lesões, mas que agora "é como se Deus estivesse pedindo a conta".

"Graças a Deus, já estou bem melhor. Sempre falo para os amigos, os fãs, que tenho que agradecer muito a Deus, porque eu só tive os problemas de contusão, de fratura, depois que eu parei de jogar futebol. Deus só mandou a conta depois que eu parei. Graças a Deus, agora já estou me recuperando, porque eu tive problema na coluna, no quadril, de menisco, no tornozelo, mas agora já estou começando a andar bem. Mas não dá para jogar ainda", brincou Pelé.

Maior jogador da história, Pelé opinou sobre um problema que existe futebol e na sociedade: os casos de racismo. Ao analisar os recentes episódios envolvendo o atacante Taison e o segurança do Maracanã, o ex-jogador disse enxergar dificuldade no combate ao racismo no futebol.

"No meu tempo também existia isso, provocações. Em alguns lugares, que a gente foi jogar, na Argentina, às vezes no Uruguai, eles falavam. Isso, infelizmente, não dá para dizer que vai terminar. É impossível. Isso é coisa do ser humano, do próprio ser humano. Tem é que se estar preparado para isso. Quando nós fomos para a Suécia, na Copa de 58, eu não tinha muita experiência, estava com a seleção. Eu olhava e só tinha loira, gente branca, e falava com outros jogadores: 'não tem nenhum crioulo aqui?'", revelou Pelé.

Fonte: Uol