Idoso morto levado à agência bancária no Rio: veja o que se sabe sobre o caso até agora

18 de Abril 2024 - 09h05
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A polícia tenta esclarecer o caso chocante do idoso morto levado pela sobrinha a uma agência bancária, no Rio de Janeiro, para sacar um empréstimo de R$ 17 mil. A mulher foi presa em flagrante sob suspeita de tentativa de furto mediante fraude e crime de desrespeito ao cadáver. No entanto, a defesa afirma que ela é inocente e que o tio chegou com vida ao banco. A Justiça decide, nesta quinta-feira (18), se Érica de Souza Nunes vai continuar na cadeia.

O delegado Fábio Luiz da Silva, responsável pelo inquérito, apura se Paulo Roberto, de 68 anos, faleceu antes ou após entrar na agência bancária e se a mulher teve algum envolvimento na morte. O laudo preliminar é inconclusivo, e novos exames são aguardados.

Apesar das muitas perguntas a serem respondidas pela investigação, imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas podem ajudar a remontar os últimos acontecimentos.

Veja o que se sabe até agora:

Internação e 1ª tentativa de empréstimo
O idoso Paulo Roberto, de 68 anos, ficou internado durante uma semana na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Bangu, na zona oeste do Rio, devido a uma pneumonia. Ele havia recebido alta da unidade, na última segunda-feira (15) — dia anterior à morte.

No mesmo dia em que saiu da UPA com o idoso, a sobrinha, também cuidadora do tio, teria tentado fazer um primeiro empréstimo em um banco, mas não teria conseguido realizar o procedimento.

No dia seguinte, Érica foi a um shopping de Bangu, na zona oeste do Rio, com o idoso.

Em seguida, a mulher esteve em uma agência bancária, em Bangu, na zona oeste, como acompanhante do tio, para fazer a retirada de R$ 17 mil. Segundo a polícia, ela relatou que o empréstimo havia sido realizado no dia 25 de março e que havia atendido a um pedido dele de ajuda para resgatar o dinheiro.

Em um vídeo que flagrou a movimentação no banco, é possível ver o momento em que Érica falou com o idoso, mas ele não reagiu e sequer manteve a cabeça firme. Ela chegou a segurar a mão dele para supostamente ajudá-lo no momento da assinatura de documentos.

“Tio Paulo, está ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como”, disse a mulher em direção a ele, que não esboçou qualquer atitude.

Desconfiados do estado de saúde do idoso, os funcionários do banco chamaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel). Os socorristas atestaram a morte de Paulo Roberto, de 68 anos. Inclusive, apontaram que o óbito teria ocorrido duas horas antes do chamado, em razão do estado do cadáver.

O médico do Samu, que atendeu o chamado, não deu a declaração de óbito. Um documento aponta a suspeita de intoxicação exógena, o que poderia indicar um suposto envenenamento.

O corpo de Paulo Roberto passou por perícia no IML (Instituto Médico-Legal). A análise preliminar apontou que a morte ocorreu por broncoaspiração seguida de parada cardíaca, segundo informações da RECORD. O laudo foi inconclusivo. A polícia deve pedir um exame toxicológico.

Com inforações de R7