Americanas tem prejuízo de R$ 4,6 bilhões entre janeiro e setembro de 2023

26 de Fevereiro 2024 - 08h33
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A Americanas registrou um prejuízo de R$ 4,61 bilhões entre janeiro e setembro de 2023, segundo balanço corporativo divulgado pela companhia nesta segunda-feira (26). Os números estavam suspensos desde o começo do ano passado, quando a empresa encontrou uma fraude bilionária em suas demonstrações financeiras. 

O resultado foi puxado por uma queda de 45,1% em sua receita líquida nos nove primeiros meses de 2023 em relação ao mesmo período de 2022. Entre janeiro e setembro do ano passado - o primeiro ano da crise que levou a companhia a um processo de recuperação judicial, com uma dívida estimada em R$ 50 bilhões -, a receita da empresa foi de R$ 10,293 bilhões.

A principal razão para essa baixa na receita foi a forte diminuição nas vendas realizadas pelos canais digitais da companhia: uma queda de 77,1% entre janeiro e setembro de 2023 em comparação com os mesmos meses de 2022.

O resultado vem após a Americanas divulgar um prejuízo de R$ 12,9 bilhões em 2022 e de R$ 6,2 bilhões em 2021 – números que foram revisados após a empresa ter revelado “inconsistências contábeis” em seus balanços.

A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023, na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O plano foi aceito pelos credores da companhia em 19 de dezembro, com apoio de mais de 90% dos votantes.

Os canais digitais foram os que mais sofreram no ano passado, principalmente por conta da desconfiança que as notícias sobre as fraudes financeiras e a recuperação judicial geraram nos consumidores.

"No digital, onde se concentram as vendas de tickets mais altos, houve um abalo de confiança. Os clientes tinham preocupação em relação às entregas dos produtos e os sellers (vendedores) ficaram temerosos de não receber os repasses pelas vendas realizadas. , diz a nota da Americanas.

O volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) vendido nos canais digitais entre janeiro e setembro foi de R$ 4,8 bilhões, menos de 30% de todo o GMV da companhia, de R$ 16,1 bilhões.

Com informações de g1