Sindsaúde: 'Fátima segue cartilha de Robinson para criminalizar servidores'

19 de Março 2019 - 09h47
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O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) não gostou da tentativa do Estado de vencer o movimento grevista na Justiça. Na semana passada, após uma ação impetrada pelo Governo para pôr fim a paralisação, o Judiciário determinou que pelo menos 70% dos servidores da saúde deveriam continuar trabalhando durante a greve.

O Sindsaúde-RN convocou uma assembleia de urgência com os servidores, em greve há mais de 40 dias, após a judicialização. O encontro ocorreu ainda na semana passada. "Na tentativa de criminalizar a luta dos servidores da saúde, o governo Fátima segue a mesma cartilha de Robinson e proíbe o direito de fazer greve, mesmo sendo legal e previsto em lei", disse a instituição por meio de seu site oficial. Diante dessa decisão, os servidores aprovaram a continuidade da greve, com 70% dos servidores nas unidades.

Na petição que o Governo apresenta, declara que a saúde não pode fazer greve, caracterizando o movimento como ilegal porque prejudica a população. "No entanto, esquece que a população é prejudicada mesmo não tendo greve. Os corredores são superlotados de pacientes, faltam medicamentos básicos, os serviços são precários, os servidores estão sobrecarregados porque o déficit de profissionais é muito alto.  Portanto, a greve da saúde é legítima e é consequência não só dos atrasos salariais, que acometem os servidores estaduais desde 2016, mas, também, pelas próprias condições de trabalho", diz o Sindsaúde.