Zé Dirceu defende vitória de Maduro e diz que voto impresso é inviolável

31 de julho 2024 - 08h36
Créditos: Agência Brasil

 

O ex-ministro José Dirceu defendeu a vitória de Nicolás Maduro nas eleições do último domingo na Venezuela. Ele comparou a oposição venezuelana a Jair Bolsonaro e Donald Trump, e também afirmou que o sistema de votação venezuelano, baseado no voto impresso, é "seguro" e "inviolável".

"O presidente Nicolás Maduro foi proclamado vitorioso nas eleições venezuelanas e cumprirá seu novo mandato. O discurso de desconfiança foi imediato, mas já vimos esse filme antes", disse Dirceu em nota enviada à coluna Raquel Landim, de UOL.

"Com Jair Bolsonaro foi assim, e antes dele Aécio Neves. Em comum, a ideia de colocar o órgão eleitoral em suspeição e a própria urna eletrônica. Até Donald Trump apelou para a fraude", completou.

O ex-ministro, no entanto, faz uma defesa do sistema de votação na Venezuela e do voto impresso. A retomada do voto impresso é uma bandeira dos bolsonaristas.

"É preciso lembrar que, na Venezuela, o voto é impresso e depositado numa urna. Logo o sistema é seguro e inviolável", afirma Dirceu.

Uma das figuras mais influentes dentro do PT, o ex-ministro também critica a mídia brasileira, que, na sua avaliação, "parte do princípio de que Maduro não pode vencer, e se venceu é porque houve fraude".

Para Dirceu, a oposição venezuelana tem setores golpistas e "articulados com interesses norte-americanos, que apoiaram as sanções e o sequestro das reservas da Venezuela".

Ele defende que não dá para apontar fraude sem a conferência das atas e diz que Brasil, México e Colômbia " se posicionaram corretamente a despeito de toda a grita da oposição venezuelana e do entusiasmo da mídia com a tese da fraude".

Com informações de Raquel Landim, UOL