Vila Olímpica de Macaíba recebe evento nacional de capoeira

09 de Agosto 2019 - 04h02
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Macaíba é sede do encontro “Amigos do Cordão de Ouro 2019”, evento nacional de capoeira realizado de quinta-feira (08) até o próximo sábado, dia 10 de agosto, na Vila Olímpica do município. Aulas de capoeira, maculelê e oficinas de musicalidade são algumas das atividades realizadas nesta 11ª edição, que tem o apoio da Prefeitura de Macaíba.

Aproximadamente 500 pessoas participam do encontro. Professores e mestres de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e até de outros países estão presentes na Vila. O objetivo da ação é a educação social, cultural e moral das pessoas por meio da prática da capoeira, apresentando os elementos sociais e culturais da arte, com relação a sua origem e evolução, demonstrando a importância da capoeira como instrumento de conscientização.

O grupo Cordão de Ouro, organizador do encontro, está presente em mais de 40 municípios do Rio Grande do Norte, contando com aproximadamente 7 mil integrantes. A primeira sede do Grupo foi fundada em São Paulo, no ano de 1967, pelos mestres Suassuna e Brasília, este último discípulo de mestre Canjiquinha, um dos maiores nomes na história da capoeira no Brasil.

Mestre Irani, fundador do grupo no RN há 30 anos destaca o apoio da Prefeitura no evento “Macaíba é um celeiro na área e tem muita gente fazendo capoeira na cidade. Muitas pessoas, muitos grupos. O apoio que a Prefeitura nos deu foi fundamental. Maravilhoso!", afirma.

Uma das participantes é Shani Ale, 32, israelense que está pela quinta vez no Brasil e pratica a capoeira há 17 anos. Neste período, Rússia, Noruega e Alemanha foram alguns dos países que visitou, sendo a primeira vez que visita Macaíba.  "É a primeira vez que estou aqui. Este lugar é muito bom, bonito e tranquilo. O clima é muito bom, muita energia”, disse. Além de Shani, mais sete israelenses estão em Macaíba para participar do evento na Vila.

Questionada sobre como pode definir a arte, ela afirma: "Acho que a capoeira é a vida toda para mim porque tem tudo. Amizade, música, movimento. Escrevi um livro sobre a capoeira e ele vai ser traduzido para a língua inglesa. O contato que temos com as pessoas é uma coisa que não temos em outras lutas. Tenho amigos na França, na Noruega, nos Estados Unidos. É como uma família, né? Pra mim tem uma família aqui”, declara a capoeirista.