
Em sessão tumultuada por protestos de deputados portugueses da extrema direita, o presidente Lula condenou, nesta terça-feira (25/4), em discurso na Assembleia da República de Portugal, o que chamou de “violação territorial” da Ucrânia.
Lula disse, porém, ser “preciso admitir que a guerra não poderá seguir indefinidamente” e defendeu que é “preciso falar da paz”. “Para chegar a esse objetivo, é indispensável trilhar o caminho pelo diálogo e pela diplomacia”, frisou o mandatário no discurso.
O presidente brasileiro afirmou que quem acredita em soluções militares para os problemas atuais “luta contra os ventos da História”. “Nenhuma solução de qualquer conflito, nacional ou internacional, será duradoura se não for baseada no diálogo e na negociação política”, disse.
O discurso de Lula foi interrompido em alguns momentos por protestos de 12 deputados do Chega, partido de extrema direita. Os parlamentares seguravam cartazes com frases “Lugar de ladrão é na prisão” e “Chega de corrupção”, além de bandeiras da Ucrânia.
Os deputados do Chega também bateram na bancada do plenário. O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, do Partido Socialista, precisou pedir respeito em certo momento. Em resposta, deputados da esquerda e ministros de Lula aplaudiram o presidente brasileiro de pé.
Veja imagens:
Deputados portugueses protestam durante discurso de Lula e são repreendidos.
— Metrópoles (@Metropoles) April 25, 2023
Presidente da Assembleia da República pediu cortesia e educação aos colegas que exibiam cartazes contra a corrupção e bandeiras da Ucrânia.
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Com informações do Metrópoles