
O relatório do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas e a interpretação que a pasta deu a ele posteriormente em nota está sendo objeto de críticas e de ironias no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O documento não aponta a existência de fraudes ou de irregularidades nas eleições. Depois de publicado, porém, a Defesa afirmou em nota que o "acurado trabalho da equipe de técnicos militares" não apontou, mas "também não excluiu a possibilidade de existência de fraude" no sistema eleitoral.
"Vergonha alheia", diz um ministro do STF sobre a nota da Defesa, que está sendo interpretada como uma tentativa de controlar a narrativa sobre o relatório.
Outros magistrados também criticam o papel que os militares desempenharam nas eleições.
Um deles afirma que, chamados a fiscalizar as eleições com outras entidades, eles se comportaram como o convidado de um jantar que chega na casa do anfitrião e "vomita no tapete".
Em discurso nesta quinta (10), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o papel das Forças Armadas na fiscalização das urnas eletrônicas foi deplorável e o resultado, humilhante.
Com informações da Folha de S. Paulo