“Um misto de tristeza e revolta”, diz filha de idosa que morreu após dificuldade com atendimento do Samu

03 de Maio 2022 - 13h04
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“O que aconteceu é inadmissível. Não foi uma fatalidade. Eu não posso garantir que minha mãe estaria viva hoje, mas posso garantir que ela deveria ter sido socorrida sim. Um misto de tristeza e revolta. Espero que mais nenhum filho passe pelo que passei: segurar a minha mãe nos braços, morrendo. É a pior sensação do mundo”, relata Andrea, filha de Terezinha Ferreira, de 73 anos, que morreu após esperar mais de duas horas a chegada de uma ambulância em Extremoz, na Grande Natal.

O caso aconteceu no dia 26 de abril, mas os áudios com a gravação da solicitação de socorro ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) só vieram à tona nesta semana. A família reclama de negligência durante atendimento médico via telefone. Terezinha sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e a ambulância só chegou cerca de duas horas depois. A idosa não resistiu e morreu em casa.

Segundo Andrea, na casa onde a família mora, o sinal telefônico é precário. Por isso, os vizinhos se prontificaram a tentar contato com o Samu. No áudio que mostra a ligação com o Samu, é possível ouvir quando a médica socorrista se irrita com o relato repassado por uma das vizinhas da idosa.

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