Trump suspende restrições a brasileiros, mas Biden deve desfazer ato

19 de Janeiro 2021 - 03h07
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A restrição de entrada nos Estados Unidos de viajantes provenientes do Brasil e outros países gerou um impasse nesta segunda-feira (18) entre o presidente Donald Trump e a equipe do democrata Joe Biden, que toma posse no comando da Casa Branca nesta quarta.

O motivo é o anúncio do governo Trump, nesta noite, da suspensão dessas restrições ao Brasil, à Irlanda, ao Reino Unido e aos países da Europa integrantes do Espaço Schengen — grupo de nações europeias com livre circulação de pessoas. A flexibilização começaria a valer em 26 de janeiro, seis dias depois da posse de Biden.

No entanto, momentos depois de a Casa Branca publicar a ordem flexibilizando as restrições, a porta-voz do futuro governo Biden, Jen Psaki, disse que a nova gestão não levará adiante a reabertura. "Com a pandemia piorando, e mais variantes contagiosas emergindo ao redor do mundo, não é hora de cancelar restrições às viagens internacionais", escreveu.

"Na verdade, planejamos apertar as medidas de saúde pública sobre viagens internacionais para mitigar a transmissão da Covid-19", completou Psaki.

Desde 29 de maio de 2020, pessoas que tenham estado no Brasil num período de 14 dias antes de tentar entrar nos Estados Unidos têm sua admissão negada.

A restrição não é aplicada a pessoas que residam nos Estados Unidos ou sejam casadas com um cidadão americano ou que tenham residência permanente no país. Filhos ou irmãos de americanos ou residentes permanentes também podem entrar, desde que tenham menos de 21 anos.

Membros de tripulações de companhias aéreas ou pessoas que ingressem no país a convite do governo dos EUA também estão isentas da proibição.

Restrições semelhantes eram aplicadas a viajantes com origem no Reino Unido, na Irlanda e em países integrantes que integram o Espaço Schengen.

Com informações do G1