VÍDEO: Treinador é baleado no ombro durante jogo do futebol argentino

02 de Novembro 2021 - 04h49
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Uma cena de violência chocou a Argentina neste final de semana. Mauricio Romero, técnico do Ferro de General Pico, levou um tiro no ombro durante um jogo contra o Huracán Las Heras, no último domingo, em Mendoza, válido pela Liga Federal A, a 3ª divisão do futebol argentino.

O treinador precisou ser levado rapidamente para o Hospital Carrillo e submetido a uma cirurgia. Romero passa bem e não corre risco de vida. "Uma bala passou de raspão na região das axilas e graças a Deus estou bem”, disse o treinador à imprensa argentina quando deixou o hospital.

De acordo com as autoridades policiais de Mendoza, a confusão começou quando torcedores do Huracán tentaram entrar à força no estádio, mas foram impedidos pela segurança do local. Foi quando o conflito se iniciou e o tiro foi disparado, acertando a axila de Romero, que estava no gramado. A partida, que fora paralisada em razão da briga, já tinha ultrapassado os 30 minutos do segundo tempo, com o Huracán Las Veras vencendo a equipe do Ferro por 3 a 1 — nenhuma das equipes tinha chance mais do acesso.

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Assim que começou o tiroteio, jogadores dos dois times e a equipe de arbitragem correram para o vestiário. Os torcedores, entre eles mulheres e crianças, precisaram se proteger atrás das paredes de concreto que sustentam a grade ao redor do campo.

Segundo o jornal Clarín, o treinador Mauricio Romero e o vice-presidente do Ferro foram à delegacia prestar depoimento sobre o episódio. Em comunicado divulgado no Twitter, a equipe do Ferro agradeceu a solidariedade de dirigentes, instituições, jogadores e jornalistas em relação ao ocorrido e disse que o time esteve diante “de uma barbárie difícil de entender e de explicar, que marcará a carreira esportiva e institucional do plantel profissional e do nosso clube”.

“Hoje, mais do que nunca, aquele que dirigem os destinos do futebol devem nos apontar os caminhos com ações para que nunca mais vivamos uma situação parecida. Evitamos uma tragédia. Esta foi uma nova advertência. A vida não se negocia, menos ainda praticando um esporte”, concluiu a nota.

Com informações do Estadão