O presidente da Comissão de Finanças e Fiscalização da Assembleia Legislativa, deputado estadual Tomba Farias (PSDB), disse na tarde desta segunda-feira, durante entrevista ao programa “Hora Extra da Notícia”, na rádio 91,9 FM, que a governadora Fátima Bezerra (PT) “não tem o que comemorar”, ao completar os primeiros 100 dias de sua gestão. O parlamentar ressaltou que Fátima Bezerra não implementou as reformas necessárias para que o estado pudesse superar o quadro de crise em que se encontra.
“No meu entendimento, Fátima não tem o que comemorar. Ela está tentando por o seu governo em prática, mas não tem avançado, apesar da Assembleia Legislativa ter aprovado com celeridade a questão dos royalties para dar um conforto maior aos funcionários que estão com salário em atraso. Quando foi candidata ao governo, ela sabia que o Rio Grande do Norte estava com as folhas de pagamento atrasadas e portanto não tem o direito de questionar”, destacou.
Tomba Farias enfatizou que até o momento Fátima Bezerra não tomou “decisões duras e não cortou na própria carne” para equilibrar as finanças estaduais. “Quando fui prefeito de Santa Cruz por oito anos, tomei decisões impopulares, demiti funcionários, implantei o pagamento de IPTU e de outros impostos, fizeram passeata contra mim, mas dez meses depois tinha os recursos para começar a administrar a cidade para o povo pobre que precisava do meu governo, explicou.
O parlamentar destacou que a governadora do RN devia ter atuando no sentido de diminuir o tamanho da máquina pública. Além da federalização da Universidade do Rio Grande do Norte, o presidente da Comissão de Finanças e Fiscalização da Assembleia Legislativa, declarou que o governo do Estado deveria focar na venda de alguns ativos, como a Caern, o Centro de Convenções e até mesmo o prédio do Aero Clube.
“Vender apenas a conta única do estado e o recursos do royalties não são suficientes para fazer gerir o estado. Eu não tenho nada contra a UERN, mas é uma obrigação que custa muito caro para o governo do estado - R$ 350/ 380 milhões por ano. A quem está beneficiando o Aero Clube, que é um bem do estado? Dá certo o governo gerir o Centro de Convenções? Não dá. Se entregar para a iniciativa privada, o governo vai se ver livre das despesas e das contas, vai entrar um bom dinheiro e ter um novo administrador”, explicou.