Suspeitas em ações contra Covid-19 mobilizam 6 operações da PF em menos de 1 mês

26 de Maio 2020 - 12h24
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Com a Operação Placebo, que mirou hoje a casa do governador Wilson Witzel, a Polícia Federal já desencadeou seis operações, em menos de um mês, para investigar desvios de recursos em medidas de combate ao coronavírus. Houve ações no Amapá, Ceará, Pará e Rio de Janeiro até agora. Pelo menos, o desvio de R$ 53 milhões é apurado. O maior dano vem da compra superfaturada de respiradores, mas há também sob investigação contratos de equipamentos de proteção individual, de limpeza e o pagamento do auxílio emergial.

Veja a lista de operações:

29 de abril: Operação Vírus Infectio, no Amapá, apurou que o valor pago por equipamentos de proteção na área da saúde foi de aproximadamente R$ 930 mil, apesar da referência ser de quase R$ 291 mil, o que mostra que foram gastos cerca de R$ 639 mil a mais em relação aos preços médios praticados no mercado nacional.

11 de maio: Operação Expurgo, no Amapá, apurou irregularidades e aplicação indevida de quase R$ 2 milhões na contratação sem licitação de uma empresa para ações de limpeza e desinfecção visando o combate à Covid-19.

13 de maio: Operação Profilaxia, no Pará, investigou a compra de 152 respiradores mecânicos chineses. O lote foi adquirido por R$ 25,2 milhões. Os equipamentos foram entregues pela empresa SKN do Brasil Importação e Exportação de Eletroeletrônicos mas não correspondem aos requisitos necessários para unidades de terapia intensiva (UTIs) do estado. Por isso, nem mesmo puderam ser instalados.

21 de maio: Operação Arrebol, em Aurora (CE), com foco em apurar crime eleitoral em pagamentos do auxílio emergencial.

25 de maio: Operação Dispnéia - novamente uma ação sobre a compra de respiradores, só que em Fortaleza. A PF investiga a contratação de uma empresa paulista de "duvidosa capacidade técnica e financeira para entrega dos equipamentos", conforme afirma a corporação, além de superfaturamento dos valores pagos pelos equipamentos, um potencial prejuízo financeiro de até R$ 25,4 milhões aos cofres públicos.

Com informações da CNN Brasil