Styvenson diz a Moro que RN "está falido" e pede ajuda no combate ao crime

20 de Junho 2019 - 03h59
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ouviu nesta quarta-feira (19), por cerca de 10h, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que foi convidado para esclarecer aos senadores o suposto diálogo entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, que coordenou a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Depois das denúncias, esta foi a primeira vez que Sergio Moro foi ao Congresso Nacional para falar sobre o assunto. A reunião iniciada pela manhã se estendeu até a noite com a participação de senadores inscritos, integrantes ou não da CCJ, intercalados por ordem de partido, que tiveram cinco minutos para réplica. 

O senador Styvenson se posicionou a favor do trabalho realizado pelo então juiz e questionou se Moro poderia dar maior apoio à segurança nos estados. “O senhor, enquanto ministro, como pode apoiar mais a segurança pública dos estados? O meu estado, Rio Grande do Norte, está falido. Não tem como pagar os policiais que estão precisando de apoio, salários defasados, estão desmotivados. Nós precisamos, em vez de armar a população, investir no policiamento”, defendeu.

O ministro Sérgio Moro agradeceu o apoio do senador Styvenson e observou que, em relação à questão de segurança pública, há uma montanha a ser escalada. “Existe um grande óbice, que é uma crise fiscal que afeta todas as esferas do governo. Enviamos a Força Nacional para os estados e estamos apoiando na questão das penitenciárias, mas o nível de execução orçamentária é muito baixo. Não é só uma questão de repassar dinheiro, existe um problema fiscal que precisa ser resolvido e isso passa, ou não, pela aprovação da reforma da Previdência”, explicou o ministro.