Sindicatos articulam para reformular contribuição sindical no governo Lula

12 de Dezembro 2022 - 05h03
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Os movimentos sociais e sindicais pressionam o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e aliados para que retome no novo governo demandas que não avançaram durante a gestão de Jair Bolsonaro. Mesmo ligados a Lula, ao PT e a partidos de esquerda, sindicatos e coletivos prometem defender pautas antigas como a contribuição sindical e mais participação da juventude nos conselhos e comitês do governo.

A contribuição sindical é um dos assunto mais delicados na pauta de movimentos e sindicatos, porque divide o grupo entre os que defendem e não defendem a contribuição sindical compulsória. A reorganização na forma de custeio dos sindicatos já era assunto de debates internos do futuro governo, que tenta ressuscitar o imposto sindical reformulado em 2017 com a reforma trabalhista. No entanto, o formato com mais adesão é o de criação de uma taxa negocial discutida com os trabalhadores.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, afirmou que a carta com todos os pontos importantes para a categoria será entregue a Lula nesta segunda (11), em Brasília, logo após a diplomação do presidente eleito.

Segundo Patah, já está acordado com Lula que a contribuição sindical deve ser reformulada com a participação de todos os movimentos, em assembleia soberana. “Não é revogar a reforma, mas repactuar. As categorias precisam decidir se querem e quanto querem contribuir. Não é justo que alguns paguem, outros não paguem e recebam, mas isso é uma decisão da assembleia. Conversamos com Lula e ele tem indicado que temos que fazer um pacto social”, disse.

Outros pontos que constam na carta que será entregue nesta segunda (11) tratam sobre as homologações, para que voltem a ser feitas pelos sindicatos; novas regras para o trabalho intermitente, como uma base salarial fixa; além de uma reformulação do Ministério do Trabalho.

Com informações de R7