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As manchas de óleo que continuam se espalhando pelo litoral do Nordeste foram alvo de uma série de críticas feitas pelo senador Jean Paul Prates (PT), a Petrobras. O parlamentar diz que o Governo Bolsonaro se utilizou do fato para culpar a Venezuela e cobrou uma ação da estatal para conter o avanço do petróleo pelas praias do país.
"Porque os Centros de Defesa Ambientais da Petrobras não estão atuando para conter o espalhamento cada vez maior da mancha de petróleo que assola praias, baías e mangues do Nordeste? Porque no Brasil de Bolsoguedes, a Petrobras “não tem nada a ver com isso”! Só tem que dar dinheiro aos acionistas! Como estatal nacional, operadora hegemônica e empresa anfitriã quanto a atividades em território e águas nacionais, a Petrobras teria que ter acionado seu plano de contingência, lançado barreiras no mar e recolhido o óleo derramado com barcos equipados, reduzindo impacto na costa", disse o petista.
Ainda de acordo com Jean Paul, a Petrobras possui o maior complexo de segurança ambiental da América Latina. "A ação da Petrobras, para além de ter dado de ombros e sugerido origem venezuelana para o derramamento, teria conseguido recolher volumes que chegaram às praias. Quem comandou tal inércia?", questiona.
Segundo o senador, "o vazamento foi notificado há mais de um mês, e as equipes da Petrobras parecem ter sido autorizadas a se mexer apenas há alguns dias. Atua em AL, PE, PB, RN e CE. Não sei quanto a BA. Estão colhendo petróleo derramado desde o início deste mês. Mas o prejuízo já foi grande".
Jean Paul critica ainda a demora para se descobrir a origem do produto. "Levaram mais de 20 dias para declarar que a 'substância' que atingiu as praias era petróleo! Será que a Petrobras não saberia certificar ao menos isso em um par de horas, e ativar os seus CDAs? Não. A prioridade era dizer que não era daqui e depois apontar para a Venezuela", finalizou.
