Sem histórico de prisões, Senado abre pregão para comprar 630 algemas

13 de Outubro 2021 - 03h37
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O Senado Federal abre, nesta quarta-feira (13/10), um pregão eletrônico destinado a adquirir 630 algemas para uso da Secretaria de Polícia do Senado Federal (Spol).

O certame prevê a compra de 500 itens do aparato na modalidade descartável – uma espécie de lacre – e outras 130 algemas metálicas, no já tradicional formato utilizado pelas forças de segurança.

Trata-se do primeiro pregão para aquisição dos equipamentos de segurança aberto pela Casa desde 2008, ano em que o Senado passou a dar publicidade às licitações.

A empresa vencedora do pregão deverá entregar os equipamentos em, no máximo, 30 dias contados do recebimento da nota de empenho.

No comparativo com a ampla maioria de licitações realizadas pelo Parlamento, o valor a ser gasto na compra dos equipamentos de segurança está longe de ser considerado elevado. A estimativa é que a Casa Alta pague R$ 32.868,80 pelo pacote.

A despesa também inclui a compra de 130 porta-algemas e 250 óculos de proteção individual. O valor que será desembolsado equivale ao salário mensal de um senador (R$ 33.763,00).

Chama atenção, porém, a quantidade de algemas que será adquirida, já que a segurança do Senado não possui histórico de prisões em flagrante ou de detenções de potenciais ameaças à segurança dos parlamentares e servidores.

Última prisão registrada

A última prisão registrada pelo Senado Federal e noticiada ocorreu em 7 de julho deste ano, no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.

Na ocasião, o depoente e ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, foi detido por ordem do presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), acusado de prestar falso testemunho. Dias, contudo, não saiu algemado do plenário.

“Ele [Roberto Ferreira Dias] vai ser recolhido agora pela Polícia do Senado. Ele está mentido desde de manhã, dei chances para ele o tempo todo. Pedi por favor, pedi várias vezes e tem coisas que não dá para admitir”, disse Aziz na oportunidade.

Com informações do Metrópoles