Secretário da Previdência explica polêmica em torno do benefício a idosos pobres

24 de Fevereiro 2019 - 04h48
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Desde que se tornou pública, a nova Previdência apresentada para votação no Congresso Nacional virou polêmica. Principalmente em torno da proposta que prevê redução no valor pago a idosos comprovadamente pobres. Em entrevista concedida a Agência Estado, e publicada neste domingo (24) na Tribuna do Norte, o secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, explica a situação.

"Estamos antecipando em cinco anos o benefício para aqueles que são comprovadamente pobres e permitindo que o idoso de 60 anos pobre, que hoje recebe em torno de R$ 129 por mês por grupo familiar no Bolsa Família, receba, por indivíduo, R$ 400. São 1,1 milhão de famílias e certamente o número de assistidos vai aumentar pelo menos o dobro. Em contrapartida, estamos ampliando para 70 anos a idade em que ele vai receber um salário mínimo. Isso é para distinguir a assistência da aposentadoria. É bom lembrar que 66% das pessoas que estão aposentadas recebem um salário mínimo. São pessoas que contribuíram pelo menos 19,5 anos em média para a Previdência. Qual a mensagem que estaremos mandando para a população se isso não passar? 'Olha, você não precisa contribuir. Se você contribuir, vai ganhar o salário mínimo. Se você não contribuir, você vai ganhar um salário mínimo na mesma idade e nas mesmas condições'", disse o ex-deputado.