"Resultado analítico adverso" de Bruno Henrique não é doping; entenda

14 de Dezembro 2019 - 04h40
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Um exame realizado por Bruno Henrique, atacante do Flamengo, em meados de agosto apontou "resultado analítico adverso". A comissão de dopagem da CBF, porém, informou ao Flamengo que a Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) deu o caso como encerrado no dia 14 de novembro, quase três meses depois. Dessa forma, o jogador está liberado para jogar o Mundial de Clubes a partir de terça-feira (17).

O resultado não foi considerado uma violação de regra antidopagem porque a substância Brinzolamida é permitida para fins oftalmológicos. Bruno Henrique sofreu uma grave lesão no olho quando ainda atuava pelo Santos, no começo da temporada 2018, e faz uso do medicamento regularmente.

O exame antidoping foi realizado depois do clássico entre Flamengo e Vasco, em Brasília, pela 15ª rodada do Brasileirão, no dia 17 de agosto. O time rubro-negro venceu por 4 a 1. Bruno Henrique abriu o placar.

No futebol brasileiro, os exames pós-jogo são sempre colhidos por uma empresa contratada pela CBF. De tempos em tempos a confederação manda uma pessoa até Los Angeles, onde os exames são entregues no laboratório antidoping local. O resultado do exame é enviado pelo laboratório à Fifa, à Agência Mundial Antidoping (Wada) e à ABCD.

Como o exame foi realizado no Brasil, por uma entidade brasileira, coube à ABCD fazer a gestão de resultados. Isso é: checar informações para averiguar se o resultado positivo é passível de punição. No caso de Bruno Henrique, não era, porque a utilização da substância brinzolamida não foi ilegal.

A ABCD tem também uma comissão médica, independente, que avalia pedidos de Autorização de Uso Terapêutico (AUT). Quando um atleta tem uma doença ou lesão que precisa ser tratada com uma substância proibida no código antidoping, um médico apresenta o diagnóstico e faz o pedido da exceção, que pode ou não ser concedida.

Fonte: UOL Esportes