
Um compilado de relatórios internos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) desde o início de 2023 mostra que ao menos 160 câmeras de segurança do presídio estão danificadas ou com a qualidade da imagem ruim. Esse era o mesmo número de equipamentos defeituosos na madrugada de quarta-feira (14), quando 2 detentos fugiram da prisão.
“O sistema de monitoramento eletrônico opera em capacidade muito reduzida, devido a inúmeros problemas de funcionamento, dentre os quais destacam-se 160 câmeras inoperantes ou com qualidade ruim”, diz um trecho do relatório interno.
O documento foi produzido por agentes da unidade prisional com objetivo de elencar riscos à segurança da unidade prisional antes da fuga. A deficiência nas câmeras de segurança é relatada em um processo interno do presídio desde 1º de janeiro de 2023.
Com as poucas câmeras de segurança em funcionamento na penitenciária, a ação completa dos fugitivos não deve ter sido registrada na íntegra, o que dificulta as investigações sobre a fuga.
O número total de câmeras da penitenciária não é divulgado por questões de segurança. As 160 câmeras danificadas representam uma fatia significativa do total de equipamentos.
“[O deficit de câmeras] provoca muitos pontos cegos sem monitoramento, como em alas, pátios de sol, corredores de circulação, perímetros externo, dentre outros”, diz outro trecho do relatório.
Segundo o documento, há outras estruturas na penitenciária que não funcionam, como: sistema de comunicação (call station); câmeras nas torres, na caixa d’água e pátio de sol; e câmeras na sala do conselho disciplinar de presos.
Com informações de Poder 360