
Um relatório do Ibama do Rio Grande do Norte do dia 13 de setembro divulgado nesta sexta-feira (01) pela Folha de S. Paulo registra que o órgão requereu da Petrobras “ações de resposta a serem ressarcidas pelo governo”. Conforme o documento, a resposta dos representantes da empresa teria sido de recusa.
“Os representantes da Petrobras informaram que não seria possível aumentar o efetivo por eles fornecido para prestar resposta em campo por questões contratuais da empresa, tendo em vista não se tratar de derrame sob sua responsabilidade e que apenas o efetivo já destacado (12 pessoas) permaneceria na resposta. Sugeriram que o Ibama buscasse apoio nas prefeituras para reforço de recursos humanos e materiais”, diz o relatório.
Segundo servidores do Ibama, a Petrobras tem prestado ajuda limitada ao governo para conter o óleo que se espalha pela costa do Nordeste. Embora tenha grande capacidade de resposta a acidentes em boa parte da região afetada (ao manter, por exemplo, monitores nas praias e estruturas de atendimento a fauna oleada) a empresa tem evitado assumir responsabilidade por decisões de resposta ao vazamento, segundo agentes do Ibama que lidam com a emergência no Nordeste.
Procurada, a Petrobras respondeu por meio de nota que “tem colaborado de modo ininterrupto” desde 12 de setembro, quando foi acionada pelo Ibama.
A empresa afirma que mobilizou 500 agentes ambientais e disponibilizou mais de 10 mil equipamentos de proteção individual, embarcações, drones e aeronave, “tendo recolhido mais de 380 toneladas de resíduos desde o início dos trabalhos”.