Promotor que investigava ações do PCC é morto a tiros em praia

11 de Maio 2022 - 03h43
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O promotor de Justiça do Paraguai Marcelo Pecci, 45, responsável por investigações envolvendo o crime organizado, incluindo o PCC (Primeiro Comando da Capital), foi assassinado a tiros hoje em uma praia de Cartagena, na Colômbia.

O crime aconteceu na Ilha de Baru, um dos principais pontos turísticos da cidade portuária de Cartagena. Segundo a polícia local, dois assassinos chegaram em um jet ski e, da água, abriram fogo contra o promotor e em seguida fugiram na mesma embarcação.

Casados em 30 de abril deste ano, Pecci e a mulher, a jornalista Cláudia Aguilera, grávida, estavam em lua de mel. Ela não se feriu. Um grupo de banhistas tentou ajudar o promotor, baleado três vezes. Ele morreu no local. Minutos antes do crime, o casal anunciou a gravidez e postou fotos nas redes sociais.

Turistas registraram imagens do promotor caído na areia, já sem vida. A mulher dele também foi filmada e fotografada. Ela estava desconsolada ao lado do corpo dele já coberto por uma toalha azul. Em uma das fotos aparece uma banhista tentando ampará-la.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, disse que o "assassinato covarde do promotor chocou a nação inteira". Ele acrescentou que "é muito triste e doloroso" e prometeu que seu governo vai continuar na luta contra o crime organizado.

Marcelo Daniel Pecci Albertini coordenava no Ministério Público do Paraguai as investigações contra o crime organizado naquele país -, inclusive nas regiões de fronteira com o Brasil - envolvendo o narcotráfico, tráfico de armas, lavagem de dinheiro e até terrorismo.