Preso por estupro de crianças, ex-deputado tenta enganar PF mudando de gênero

10 de Outubro 2024 - 09h57
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Em um desdobramento surpreendente e alarmante, o ex-deputado estadual de Santa Catarina, Nilson Nelson Machado, conhecido como Duduco, agora identificado como Catarina da Lapa, foi preso após um ano foragido. Segundo informações do Metrópoles, com 63 anos, o ex-político tentou “driblar” a justiça ao se apresentar como mulher trans, em uma tentativa de escapar de sua sentença. Condenado por crimes de abuso sexual de vulneráveis, Duduco foi finalmente capturado no Rio de Janeiro, após uma investigação detalhada e troca de informações entre autoridades.

A transição de gênero, embora um direito e realidade para muitas pessoas, neste caso específico, foi utilizada como um artifício para confundir os investigadores e se esconder das autoridades. Ao adotar o nome e documento socialmente reconhecido de Catarina da Lapa, Nilson tentou eliminar sua antiga identidade, porém, os investigadores logo perceberam a conexão entre suas duas identidades.

A operação que levou à prisão de Catarina da Lapa foi realizada pelo Núcleo de Capturas da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Nucap/SO/Drex. Com um mandado expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), os policiais federais conseguiram localizar e prender o condenado. A operação só foi possível graças a uma investigação minuciosa que envolveu cruzamento de dados e monitoramento de possíveis paradeiros da foragida.

Catarina, que havia assumido essa nova identidade na tentativa de começar uma nova vida, estava escondida em uma residência na capital carioca.

Em setembro de 2017, enquanto ainda era conhecido como Nilson Nelson Machado, Duduco foi condenado por graves crimes de maus-tratos e abusos sexuais contra crianças e adolescentes que frequentavam uma creche administrada por ele em Florianópolis. Inicialmente, a sentença foi de 31 anos, 4 meses e 20 dias, mas após recursos, a pena foi reduzida para 25 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado.

Mesmo com a redução, a gravidade das acusações fez com que a justiça mantivesse Duduco sob vigilância até sua fuga. Em maio de 2013, novas denúncias surgiram, envolvendo mais crianças atendidas pelo seu projeto social, evidenciando o padrão de comportamento criminal que ele apresentava durante seu mandato.

Com informações de Terra Brasil Notícias