PF apura se Bolsonaro fraudou cartão de vacina da covid antes de ir aos EUA

03 de Maio 2023 - 07h23
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A operação da Polícia Federal foi deflagrada nesta quarta-feira (3) a partir de indícios de que os dados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro no SUS teriam sido fraudados para incluir o registro de imunização contra a covid-19 para poder entrar nos Estados Unidos no fim do ano passado.

Por isso, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro e prendeu o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, em Brasília.

"As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários. Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19", informou a PF em comunicado à imprensa.

A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que aponta conexão com as milícias digitais responsáveis por ataques à eficácia das vacinas.

A investigação também apura se essas fraudes beneficiaram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a filha deles e assessores que viajaram juntos para os Estados Unidos. A investigação também cumpriu prisão de outros assessores.

A PF colheu indícios que essa adulteração teria sido operacionalizada por um secretário municipal de Duque de Caxias que tinha acesso ao sistema do SUS. Ele também foi alvo da operação.

Com informações do UOL