PF acha armas e R$ 148 mil na casa da deputada suspeita de ligação com a milícia

18 de Dezembro 2023 - 14h50
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Promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro e policiais federais encontraram e apreenderam duas pistolas calibre 22 e R$ 148 mil em dinheiro na casa da deputada Lucinha (PSD), nesta segunda-feira (18).

A parlamentar foi afastada do cargo por tempo indeterminado pela Justiça do Rio por suspeita de ligação com a milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, uma das mais poderosas e violentas do Rio.

Segundo as investigações, Lucinha é considerada o braço político da milícia que atua na região de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste da capital fluminense.

A Operação Batismo, da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete da deputada, na Alerj.

Além da apreensão das armas e do dinheiro na casa de Lucinha, os agentes também apreenderam pen drives, notebooks e documentos em seu gabinete.

A parlamentar foi ouvida e liberada pelos policiais. Lucinha só não foi presa nesta segunda-feira por ser deputada, visto que a lei garante que parlamentares só podem ser presos por crime flagrante e inafiançável.

De acordo com a força-tarefa, Lucinha é chamada de “madrinha” pelos paramilitares de Zinho, que está foragido acusado de vários crimes.

A Justiça expediu 8 mandados de busca e apreensão contra a deputada. Entre os endereços estão o gabinete de Lucinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no Centro do Rio, e na casa dela, em Campo Grande. Outro alvo de buscas nesta segunda é Ariane de Afonso Lima, uma de suas funcionárias.

Além de afastá-la do mandato, a Justiça proibiu Lucinha de frequentar as sedes da Alerj — tanto o Palácio Tiradentes quanto o novo prédio da Casa, o Alerjão.

Com informações de G1