Perícia em celular de assassino de tesoureiro do PT pode trazer elemento novo à investigação, diz delegada

16 de julho 2022 - 06h49
Créditos:


A delegada Camila Cecconello, responsável pelo caso de assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda pelo policial penal federal e apoiador de Bolsonaro Jorge Guaranho, disse na noite desta sexta-feira (15) que a perícia no celular do autor do crime pode trazer fatos que alterem os rumos da investigação.

A entrevista foi dada para a repórter Isabela Camargo, da GloboNews.

Depois de críticas ao longo desta sexta, após afirmar que o inquérito policial que apura o caso foi concluído, a delegada admitiu que a perícia do celular de Jorge Guaranho ainda pode trazer novos elementos para a investigação.

“A primeira providência que nós tomamos foi solicitar e foi tentar descobrir quem estava na posse desse celular, e imediatamente representamos pela apreensão do celular e pela autorização para acesso. E extração dos conteúdos desse celular é importante sim, porque no celular muitas vezes o autor pode ter comentado que ia fazer, pode ter dado alguma opinião. Então, a análise do celular é muito importante sim e pode trazer algum elemento novo na investigação”, afirmou Camila.
“Mas como temos um prazo a cumprir, sob pena de que o não cumprimento do prazo pode acarretar a soltura desse suspeito, do réu, nós temos que relatar o inquérito com os elementos que nós temos e claro aguardar”, acrescentou a delegada, para explicar a agilidade na conclusão do inquérito.

O prazo para entregar o inquérito terminaria na próxima terça-feira (19).

A polícia disse que antecipou o fim dos trabalhos porque já tinha os elementos de que precisava para fazer o indiciamento. E que não havia necessidade de esperar todas as perícias, entre elas a do celular do assassino.

O policial penal Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e perigo coletivo, ao oferecer risco para as outras pessoas.

A delegada que comandou a força tarefa disse não haver provas de que foi um crime político.

Com informações do G1