Partido em que Bolsonaro se elegeu, PSL pede impeachment do presidente

25 de Abril 2020 - 03h36
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O PSL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro foi eleito, entrou nesta noite desta sexta-feira (24), com um pedido de impeachment contra o presidente. Segundo a nota do partido, a líder da agremiação na Câmara, Joice Hasselmann (SP), protocolará pedido ainda hoje.

O pedido está baseado, primeiro, em "falsidade ideológica na informação publicada no DOU [Diário Oficial da União], relatando a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal 'a pedido', o que não ocorreu. O segundo ponto é o que o partido chama de "notória tentativa de intervenção na Polícia Federal, valendo-se das prerrogativas de Chefe de Estado, com o fim de obter informações sensíveis e privilegiadas de uma instituição cuja independência deve ser pilar do Estado Democrático de Direito, havendo, inclusive, a tentativa de interferir em investigações correntes".

Bolsonaro reeditou o decreto da exoneração do diretor geral da PF, Maurício Valeixo, e tirou a assinatura de Moro, que pela manhã negou ter assinado o documento.

O pedido do PSL afirma que o que Bolsonaro deseja "com o acesso aos dados de investigações sigilosas, invariavelmente, é colocar a supervisão de tais atividades, que cabem ao Ministério Público, ao seu crivo, podendo, em posição de privilégio, tomar conhecimento de fatos e dados de seu interesse, podendo, inclusive, auxiliar os seus filhos nas acusações que pairam sobre eles, tendo em vista que terá o acesso aos dados diretamente da sua fonte de colheita. Além de afronta à Suprema Corte do país, o ato releva nítida tentativa obstrução de justiça".

Fonte: Congresso em Foco

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