Pai de mulher morta por 5 foi socorrer vítima sem saber que era filha: 'Não acreditou'

04 de Outubro 2021 - 13h44
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A mulher de 41 anos, morta durante um assalto em Itanhaém, no litoral de São Paulo, foi baleada na frente do estabelecimento de comida da família. De acordo com uma tia de Alessandra Tomie Watanabe Kokubun Fagundes, logo após perceber que alguém havia sido baleado, o pai da vítima correu para socorrer e percebeu que se tratava da filha.

O crime ocorreu após a mulher chegar ao comércio da família, na Praça Benedito Calixto, no Centro, por volta das 22h de sábado (2). O local fica a 350 metros do 1º DP da cidade. Ela estacionou o carro e, ao sair, foi cercada por cinco criminosos, que anunciaram o assalto.

Em entrevista a TV Tribuna, a prima de Tomie, Rafaela Kohani Aoki, afirmou que três bandidos puxaram a mulher e simularam uma briga. "Na hora, eu não sabia que era ela, não tinha visto. O moço [criminoso] começou a gritar ‘tá doidona, tá doidona’, para acharem que era briga entre casal, que era o que todo mundo estava achando. Depois, parece que iam tentar ir para cima do moço, foi aí que ele pegou a arma e disparou para o alto", explica ela.

Segundo a estudante, todo mundo se jogou no chão e ela ouviu três disparos. Dois deles acertaram Tomie, sendo um na cabeça e um no abdômen. A tia da autônoma, Lúcia Watanabe Muniz, afirmou que o pai da jovem, que também estava no local, foi socorrer a pessoa que havia sido baleada, sem saber que se tratava da filha.

"Meu cunhado foi lá acudir a pessoa e, quando ele viu, era a filha dele. Ele não acreditou. Uma moça trabalhadora, guerreira e, ter acontecido isso com ela não é justo", declarou a familiar. Após o crime, o bando fugiu em dois carros, sendo um deles o da vítima. O veículo dela foi abandonado e incendiado na Rua Vinte e Um, no bairro Bopiranga.

Tomie foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, já desacordada, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado como latrocínio na Delegacia Seccional de Itanhaém e será investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade. A Polícia Civil trabalha para identificar e localizar os autores do crime.

Fonte: G1