Pai de aluna agride professor após filha relatar assédio sexual em escola estadual

07 de Dezembro 2021 - 13h28
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O pai de uma aluna agrediu um professor de uma escola estadual, em Cosmópolis (SP), após a filha relatar ter sido assediada pelo docente. Outros alunos filmaram o momento da agressão e publicaram nas redes sociais. O caso está sendo apurado pela Secretaria Estadual de Educação e pela Polícia Civil.

As imagens mostram as agressões do pai da aluna contra o professor, dentro da sala de aula da Escola Estadual Professora Lídia Onélia Kalil Aun Crepaldi. Um outro professor tenta interferir para separar a briga e acaba sendo agredido também, caindo no chão. O pai da aluna continua as agressões, com socos no docente acusado de assédio.

Os dois professores foram socorridos por médicos do Resgate, ainda na escola, e depois atendidos em um hospital da cidade. Foram registrados dois boletins de ocorrência na Delegacia de Cosmópolis, um de lesão corporal e um de assédio sexual.

Relato de assédio

O pai da aluna diz que o motivo da agressão é que o professor, de 45 anos, assediou a filha, que tem 14 anos, na escola. Por telefone, a adolescente relatou à EPTV, afiliada TV Globo, o assédio.

"Hoje, na nossa sala, a gente estava conversando, entre eu e as meninas e tinha um amigo meu no meio, e aí ele [professor] acabou falando assim, que se não tivesse casado, ele transaria comigo. E aí eu fingi que não tinha ouvido, ele falou de novo. Aí eu fiquei parada, assim, porque eu fiquei em choque, né?"

Segundo ela, não foi a primeira vez que o assédio ocorreu e ela não é a única vítima do professor. "Não é a primeira vez que acontece isso, nem só comigo, mas também com outras meninas, não só da minha sala também. Não de, de ele falar isso, mas de passar a mão em cabelo, ficar apertando na nossa perna, e relar na nossa cintura... tendo uma intimidade que não existe entre ele e as alunas."

O que diz a Secretaria de Educação

A Secretaria Estadual de Educação diz que repudia qualquer tipo de agressão, principalmente dentro do ambiente escolar. Diz, ainda, que vai apurar o ocorrido.

"Todos os lados serão ouvidos e tão logo sejam concluídas as apurações, as providências administrativas serão tomadas."

A escola também vai colocar à disposição da aluna um apoio psicológico. O professor está afastado por licença médica por sete dias por conta das agressões. Nesse período o estado vai apurar o caso para definir as providências necessárias.

Fonte: g1 (para assistir ao vídeo das agressoões, clique neste link).