Neymar defende privilégios aos melhores atletas: "Já carreguei nas costas"

09 de Outubro 2019 - 09h47
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Neymar defendeu que os melhores jogadores tenham um tratamento diferenciado em relação aos demais atletas do grupo. Em coletiva concedida na manhã de hoje em Cingapura, ele destacou a sua trajetória na seleção brasileira e disse que merece ter alguns privilégios.

Prestes a completar 100 jogos com a camisa verde e amarela, o jogador ainda usou o exemplo de Lionel Messi, no Barcelona, e disse que aprendeu isso ao longo da carreira pelos clubes em que atuou. Ele será titular na partida de amanhã, às 9h, contra Senegal.

"Quanto às críticas que o Tite recebe sobre me proteger, eu não tenho o que falar. Eu estou na seleção vai fazer dez anos. Desde a primeira vez que eu pisei aqui, eu sempre tive muita responsabilidade e sempre fui um dos principais nomes, um dos que carregavam sempre... acho que... praticamente tudo nas costas. Eu não me escondo disso. Se você for parar para pensar, analisar corretamente e ser honesto, nestes dez anos, eu sempre exerci meu papel muito bem na seleção. Enquanto aos críticos, ao que o Tite deixa de fazer por mim ou faz, acho que ele faz por todos os jogadores. Qualquer técnico que fosse treinador da seleção iria fazer o mesmo", afirmou o atleta do PSG. 

"Eu já passei por lugares que tinham jogadores com mais nome do que eu, mais história do que eu, e eu tinha que respeitar o que os treinadores faziam com ele. E é assim no clube também. Quando um atleta de alto nível atinge um nível alto, considerado um dos melhores do mundo, por que não tratá-lo de forma diferente? Não pode existir inveja do resto do time. Eu tive meu papel de entender. No Barcelona, eu trabalhei com o Messi, e ele tem o tratamento diferente. Por que ele é bonito? Não. Porque ele decide. Ele conquistou aquilo. Ele está assim depois do que alcançou. Não estou falando só de mim, estou falando de todos os atletas que têm tratamento diferente. Não estou deixando a humildade de lado, só estou explicando. Eu já vivi em times que outros foram tratados de melhor forma do que eu. Aquilo se tornou espelho para mim para que eu pudesse treinar mais. Para ter os mesmos privilégios que eles têm. Isso me deu força. Eu ficava contente por ele ter privilégio e ficando feliz eu sabia que ele ia resolver", completou o atacante.