Negros não são maioria no Brasil. E quem diz é o IBGE

23 de Dezembro 2023 - 04h44
Créditos: IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, divulgou nesta sexta, 22, os dados do Censo 2022 sobre a composição da população brasileira (foto), segundo a identificação étnico-racial.

O comunicado do instituto destaca o aumento da população que se declara parda, que chegou a 45,3%. Com isso, os pardos ultrapassaram os que se dizem brancos, que ficaram em 43,5%.

 

Mas o dado mais interessante é que o IBGE, desta vez, divulgou de maneira separada o porcentual dos brasileiros que se declaram pretos: 10,2%.

Até então, o IBGE estava unificando, na mesma categoria, negros e pardos. Com essa metodologia, era possível dizer que a maioria da população brasileira era negra.

A população preta mostrou maior proporção na faixa dos 30 anos aos 44 anos. Nessa faixa de idade, os pretos representam 11,4%.

Entre os pretos, é maior a proporção de homens para mulheres. Para cada grupo de 100 mulheres, há 103 homens negros. É a única raça com maior número de homens que mulheres.

Em nove municípios, a população preta foi maioria, todos Nordeste, sendo oito na Bahia (Antônio Cardoso, Cachoeira, Conceição da Feira, Ouriçangas, Pedrão, Santo Amaro, São Francisco do Conde e São Gonçalo dos Campos) e um no Maranhão (Serrano do Maranhão).

Segundo o IBGE, os municípios com as maiores proporções de pessoas pretas foram em Serrano do Maranhão (MA), com 58,5%, Antônio Cardoso (BA), com 55,1% e Ouriçangas (BA), com 52,8%.

O município de São Paulo tinha o maior número absoluto de pessoas pretas (1,16 milhão), seguido pelo Rio de Janeiro (968 mil) e por Salvador (825 mil).

Fonte: O Antagonista