
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), disse nesta terça-feira (20) que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois de sua fala sobre Israel no domingo (18), em que comparou suas ações ao extermínio de judeus pela Alemanha nazista.
Na abertura da sessão, o senador declarou que concorda com a manifestação de Lula em condenar as mortes na Faixa de Gaza, mas que a comparação com o Holocausto não é “pertinente”.
“Não tiro uma palavra do que vossa excelência disse, a não ser o final, que, na minha opinião, não se traz à baila o episódio do Holocausto para nenhuma comparação, porque fere sentimentos, inclusive meus, de familiares perdidos”, disse Wagner sobre sua conversa com Lula.
O senador é judeu, está no partido há 45 anos e é amigo de Lula. Ele falou depois do discurso do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que pediu uma retratação pela comparação “inapropriada” e “inequivocada” do presidente da República.
Wagner disse concordar com Pacheco, mas não ao exigir retratação de Lula. “Como judeu, me sinto ofendido, o povo judeu não pode comungar com o assassinato de civis, sob qualquer desculpa. A motivação de Lula é a busca do cessar-fogo, que, infelizmente, foi vetada mais uma vez”.
Com informações de Poder 360