Mulher envenenada com açaí em Natal acusa ex após receber alta: “Sei quem mandou”

16 de Maio 2025 - 16h04
Créditos: Reprodução/TV Tropical

Geisa de Cássia recebeu alta após 24 dias internada em um hospital de Natal, depois de ingerir açaí contaminado. Ela afirmou em entrevista à TV Tropical que sabe quem enviou o alimento envenenado, que a intoxicou e matou uma bebê de 8 meses. Matéria do Agora RN.

“Chegou uma sacolinha de papel com o nome Geisa, aí meu pai veio trazer, até meus meninos brincaram assim: ‘ó mãe, é um admirador secreto’. Quando eu abri, que eu li o cartãozinho, eu disse, isso aqui de secreto não tem nada, isso aqui está falando de uma pessoa que eu terminei o namoro e está falando a respeito de que quando se perde é que se valoriza e pedindo para eu voltar. Eu levei a sério, aceitei o presente, que era um bichinho de pelúcia e esse açaí”, relatou Geisa.

O caso aconteceu no dia 15 de abril. Além de Geisa, a bebê Yohana Maitê, de 8 meses, também ingeriu o conteúdo da cesta — especificamente a granola — e morreu horas depois no hospital. “Foi onde todo o pesadelo começou”, disse Geisa.

Ela contou que não desconfiou da origem do presente por conhecer quem o teria enviado. “Eu tinha conhecido essa pessoa, tinha visto essa pessoa cuidar da mãe dele, da maneira que cuidou, como era com a mãe. Jamais isso ia passar pela minha cabeça, pela cabeça dos meus filhos, é tanto que eu fiquei sabendo depois que eu na UTI da UPA, ele chegou a ficar lá e cuidar de mim. Como é que uma pessoa é tão mal, tão cínica a esse ponto de fazer isso?”, declarou.

A mãe de Yohana, Daniele, isentou Geisa de qualquer culpa. “Jamais eu vou culpar ela porque ela não teve culpa, foi uma fatalidade e o que sempre eu digo e vão dizendo que a pessoa dessa, ele não tem o senso de humanidade, ele não ama nem a si próprio, nem a mãe, diz amar, amar fica uma palavra tão forte para uma pessoa que dizia amar, que dizia que cuidava, que zelava, acho que é muita crueldade, muita maldade.”

O caso está sob investigação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Familiares cobram resposta das autoridades. “Está na cara de quem fez isso, tentou fazer isso com a minha mãe, não está muito longe de resolver. Que eles agilizassem mais um pouco, até para segurança da gente, porque a gente não sabe se ele tentou fazer isso com a minha mãe, tentar fazer isso comigo, com meus irmãos ou com alguém da minha família”, disse um dos filhos de Geisa.