Morre Edemar Cid Ferreira, fundador do falido Banco Santos, aos 80 anos

14 de Janeiro 2024 - 13h56
Créditos: Reprodução/YouTube

O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, fundador do Banco Santos, cuja falência foi decretada em 2005, morreu nesse sábado (13), aos 80 anos. Segundo duas fontes próximas, a provável causa da morte de Edemar foi um infarto, ocorrido na tarde de sábado.

O economista, que já foi um dos empresários mais ricos do Brasil, era conhecido pela extensa coleção de arte e chegou a ser preso duas vezes. Nos últimos anos, vivia em um apartamento alugado, de cerca de 300 metros quadrados, na capital paulista, após ter sido despejado da famosa mansão no Morumbi, bairro nobre de São Paulo.  

Edemar Cid Ferreira esteve nas manchetes do noticiário brasileiro nas últimas duas décadas depois de o Banco Santos ter sido liquidado. Ele foi acusado de crimes financeiros, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Em entrevista dada em maio do ano passado, o ex-banqueiro relatou levar uma vida dura, não ter mais nenhum bem físico em seu nome e viver às custas da ajuda dos três filhos. Ele se mudou para o apartamento após ter sido despejado de antiga mansão com vista para o Jóquei Clube, em 2011.

A residência de 4,5 mil m² de área construída foi um projeto arquitetônico de Ruy Ohtake e tinha duas piscinas — uma coberta e outra ao ar livre —, uma adega para cinco mil garrafas de vinho e duas bibliotecas.

Desde 2020, o imóvel pertence ao empresário Janguiê Diniz, fundador do grupo Ser Educacional, após ter sido arrematada em um leilão por R$ 27,5 milhões. Em maio de 2023, foi divulgado que o proprietário do imóvel contratou um escritório de arquitetura para estudar a viabilidade da construção de um empreendimento de casas de luxo.

Depois de anos de obras, a mansão ficou pronta poucos meses antes da falência do Banco Santos ser decretada. Com isso, Cid Ferreira foi obrigado a repensar o uso de certas alas de seu palácio. Conhecida pelo fascínio por arte, a família reservara uma ala da mansão para suítes que abrigariam artistas importantes de passagem por São Paulo.

Logo, porém, esses quartos tiveram sua função modificada: viraram um bunker da defesa do ex-banqueiro, com pilhas de processos tomando todo o espaço. Depois de os Cid Ferreira terem sido obrigados a deixar a casa, todos os cômodos foram esvaziados, embora alguns objetos pessoais dos ex-bilionários, incluindo camas e aparelhos de ginástica, tenham sido deixados para trás.

Com informações do R7