Moraes determina que PRF informe efetivo policial mobilizado para desbloqueio de vias e nas eleições

04 de Novembro 2022 - 13h20
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações sobre o efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mobilizado entre os dias 28 de outubro até esta sexta-feira. Ou seja, desde antes das eleições e durante todo o processo de desbloqueio das rodovias no país.

Em despacho, Moraes dá o prazo de 48 horas para que a PRF informe a evolução do efetivo policial em atuação e em pronto-emprego por cada estado do país. Ainda determina que seja informado sobre “eventuais recrutamentos realizados para o segundo turno das eleições”.

“Determino à Polícia Rodoviária Federal para que informe documentalmente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a evolução, por ente federado, do efetivo policial rodoviário federal mobilizado, em atuação e em pronto-emprego, entre 28 e outubro até a presente data. Determino, ainda, sejam informados os eventuais recrutamentos realizados para o segundo turno das eleições de 2022, devendo haver detalhamento das lotações de origem dos policiais, bem como para onde foram enviados em missão”, diz o despacho.

No início da semana, o ministro apontou que a PRF não estava realizando sua tarefa constitucional e legal e determinou que a corporação fizesse a “desobstrução imediata das estradas” sob pena de multa pessoal ao diretor do órgão, Silvinei Vasques.

A PRF informou nesta sexta-feira que não existem mais bloqueios em rodovias federais e as interdições caíram para 13 depois de uma semana de manifestações antidemocráticas feitas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Os manifestantes questionavam o resultado das eleições.

Durante essa semana, Moraes também determinou que a PRF apresentasse a lista de pessoas e caminhões multados por bloquear rodovias. Também pediu para que a Polícia Federal (PF) disponibilizasse as informações disponíveis sobre a identificação de líderes e principais proprietários dos veículos utilizados nos bloqueios.

Com informações do O Globo