Moraes determina investigação sobre vazamento de quebra de sigilo de assessor de Bolsonaro

29 de Setembro 2022 - 03h37
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (28) a abertura de uma investigação administrativa sobre o vazamento da quebra de sigilo bancário do principal ajudante de ordem do presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid.

Na decisão, Moraes cita reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” sobre o fato de a Polícia Federal ter encontrado elementos no telefone de Cid que levantariam suspeitas sobre transações financeiras feitas no gabinete do presidente da República.

O ministro determina que o delegado responsável pela investigação, Fabio Shor, preste informações a respeito “dos fatos noticiados, notadamente no que diz respeito ao acesso, no âmbito policial, às decisões proferidas nos autos [..] e aos relatórios produzidos”, além de fornecer ao Supremo “os nomes de todos os policiais federais que têm conhecimento dos assuntos investigados”.

Moraes também determinou que sejam entregues informações relativas à comunicação das decisões proferidas à Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a “Folha”, a PGR se opôs à quebra do sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cid, mas o ministro do Supremo levou adiante o pedido feito pela Polícia Federal.

A investigação administrativa será conduzida, segundo o ministro, pelo juiz instrutor de seu gabinete Airton Vieira.

Nesta terça-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o “pessoal da Polícia Federal” que pediu a quebra de sigilo bancário de seu principal ajudante de ordem “come na mão” de Moraes e que o ministro do Supremo “ultrapassou todos os limites” com a decisão teria atingido gastos de sua esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Com informações da CNN