O Ministério Público do Rio Grande do Sul entrou com pedido de medida de proteção para a criança levada no colo pelo pai em invasão no Beira-Rio. O torcedor de 33 anos prestou depoimento nesta segunda-feira e chegou dizer que entrou no gramado para "proteger a filha", segundo versão da advogada.
O promotor João Paulo Fontoura de Medeiros, com atribuição na Infância e Juventude em Canoas, ingressou com o pedido no fim da tarde da segunda-feira que pode deixar o pai sem ver a filha de três anos. No documento, o promotor diz que se for necessário pode ocorrer o acolhimento institucional da criança ou a entrega para um membro da família natural.
No documento, o promotor cita que “a filha estava em seu colo, correndo extremo risco de ser agredida e lesionada" e algo pior só não aconteceu por conta da postura dos jogadores do Caxias.
Além disso, o promotor também solicitou uma avaliação técnica pela equipe judiciária e que seja designada audiência com os pais, avó materna, Conselho Tutelar e com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), para repassar os deveres de proteção e de cuidado que devem ter com a filha.
Dois inquéritos foram instaurados contra o torcedor, um por invasão de campo e lesão corporal e outro por expor uma criança a situação de risco. A polícia ainda busca descobrir se a criança sofreu algum ferimento e se a mãe da menina também estava no estádio durante a confusão.
Na segunda, o Inter anunciou que o torcedor, que é sócio do clube, foi suspenso do quadro social por tempo indeterminado e também está impedido de acessar o Beira-Rio. Conforme o Inter, o Conselho de Ética do clube vai apurar os fatos para aplicar as medidas necessárias dentro do clube.
Com informações do Globo Esporte