Metrópole Digital forma milésimo aluno de seu curso técnico de TI

20 de Setembro 2019 - 03h31
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Criados em 2010, os cursos técnicos em Tecnologia da Informação (TI) do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) acabam de alcançar a marca do seu milésimo estudante concluinte. Desde a criação desta modalidade de ensino, 1014 é o número de alunos que se graduaram pelo Instituto.

Dentre os concluintes deste ano, está Elton Rafael Costa, o milésimo aluno a receber certificado, que será entregue na cerimônia de colação de grau, em novembro. 

Operando no formato de Ensino à Distância (EaD), na modalidade semipresencial, os cursos técnicos do IMD têm por objetivo oferecer a possibilidade de certificar seus alunos para o setor de TI. Este ano, o Instituto formará entre 150 e 200 alunos, distribuídos nos cinco polos nos quais atuam: Natal, Angicos, Caicó, Mossoró e Pau dos Ferros.

De acordo com o coordenador dos cursos técnicos, professor Marcel Oliveira, 70% do seu alunado é oriundo da rede pública de ensino, o que evidencia o caráter social e inclusivo da iniciativa. Além disso, no que se refere ao cenário de desenvolvimento de TI no Rio Grande do Norte, o professor destaca o papel do IMD como um agente de incentivo à formação de capital humano.

“A indústria de TI não será fomentada se a gente não tiver um forte mecanismo de formação, que é o que o IMD se propõe a ser hoje. E essa mão de obra é essencial para cumprir a nossa missão: fomentar o polo tecnológico em TI recentemente criado no Estado”, avalia o coordenador.

Dispondo de cinco ênfases na área de TI – informática para internet, eletrônica, redes e computadores, automação industrial, e programação de jogos digitais – a serem escolhidas pelos estudantes durante a formação, os cursos técnicos ofertaram, apenas neste ano, 720 vagas ao todo.

Diferencial curricular

Para o concluinte Elton Rafael Costa, egresso de escola pública, a formação oferecida o auxiliou a aperfeiçoar cada vez mais seus conhecimentos na área de TI. Tendo escolhido ênfase em automação industrial, ele conta que escolheu o curso técnico do IMD porque sonha em ser engenheiro da computação e acredita que a formação oferecida pelo Instituto será um diferencial em seu currículo.

“Sempre fui fascinado pela área de TI e aqui consegui aprimorar ainda mais meus conhecimentos, além de perceber o quão importante e satisfatório é quando dominamos uma área tão específica, que é automação industrial”, relata o concluinte, que atualmente cursa a graduação em Ciência e Tecnologia (CeT) na UFRN. 

“Agora, pretendo concluir o bacharelado em CeT e, em seguida, irei procurar mercado para trabalhar na área de automação industrial, pois é uma profissão muito específica quanto ao conhecimento técnico, além de bem valorizada”, destaca o estudante.

Origem

Criados em 2010, naquela época como curso de formação de programadores, os cursos técnicos do IMD têm sua origem atrelada à formação do próprio Instituto, como explica o coordenador Marcel Oliveira:  

“A origem do programa coincide com a criação do IMD. Nossa ideia inicial era identificar as pessoas com perfil para TI aqui na região de Natal e trazê-las para fazer um curso de formação de programadores, que começou em 2010 oferecendo 1,2 mil vagas. Treze mil pessoas se inscreveram”, enfatiza o coordenador.

Em 2012, quando seria ofertada sua segunda turma, o curso que antes voltava-se para formação de programadores assumiu outro caráter. Mais complexo e desenvolvido, a formação oferecida contemplou também outras áreas do conhecimento e adotou a qualidade de curso técnico.

Naquela época, foram ofertadas novamente 1,2 mil vagas e foram inauguradas quatro das cinco ênfases existentes hoje. “Ao longo dos anos, a gente vem sempre aprimorando e atualizando os conteúdos oferecidos”, explica Marcel.  

Inclusão digital

Coordenador do programa desde sua criação, Marcel Oliveira conta que uma das principais portas de entrada no IMD é por meio dos cursos técnicos. Exemplo disto é um processo de seleção específico para ingresso no BTI, que reserva parte das suas vagas residuais aos egressos da formação técnica. 

“Eu convivo aqui no IMD e vejo que diversos alunos que foram do técnico estão hoje na graduação. Esses vão sair daqui com uma formação bastante consolidada em TI”, considera. 

Além disso, o coordenador também destaca a importância do contato com o ambiente acadêmico. De acordo com o professor, muitos desses alunos (sobretudo aqueles vinculados aos polos do IMD no interior) não possuem perspectiva acadêmica e, ao estabelecerem esse contato inicial, colocam a universidade e a formação superior como uma meta. 

“Desde a primeira turma de 2010, já tínhamos como missão promover não só a formação dos melhores, mas também a inclusão social e digital. Ao entrar no curso técnico e viver no ambiente universitário, esses alunos passam a enxergar aquilo (ingresso na universidade) como uma possibilidade”, comenta Marcel Oliveira.